domingo, 27 de fevereiro de 2022

Transcreva pra mim um trecho de uma marchinha carnavalesca que você sabe de cor!

Pandemia que se prolonga e cuja enxurrada de notícias só tem trégua com as notícias russo-ucranianas...

Sábado da festa de Momo, não há desfiles nos sambódromos e avenidas. Passam das 21 horas...

Assisto a um vídeo sobre saúde em que um médico psicanalista previne sobre o uso exagerado de remédios para controle das dores psíquicas.

Amigos se queixam de estresse e falta de memória ( dentre as possíveis causas está a de ser rebote de remédios antidepressivos)...

Peço a cada um que transcreva pra mim um trecho de uma marchinha carnavalesca que saiba de cor!

Os amigos me enviam mensagens com letras de músicas de Carnaval. Agradeço-lhes. Enquanto tiver amigos, conservo memórias, posso ressignificá-las e compartilhar sentimentos presentes por meio de diálogos ficcionais:


- Ó Jardineira, por que estás tão triste? Mas o que foi que te aconteceu? (Benedito Lacerda-Humberto Porto)

- Foi numa tourada em Madri! Quase não volto mais aqui, pra ver Ceci, beijar Peri. (Braguinha). 

- Não fique triste que esse mundo é todo teu! (Benedito Lacerda-Humberto Porto).

Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar! Dá a chupeta pro bebê não chorar. (Vicente Paiva e Jararaca).

Acabou chorando, acabou chorando! (Noel Rosa).

- Bandeira Branca, amor, não posso mais. Pela saudade que me invade, eu peço paz! (Laercio Alves / Max Nunes).

- Foi bom te ver outra vez está fazendo um ano foi no Carnaval que passou. (Zé Keti).

A mesma máscara negra que encobre teu rosto... Eu quero matar a saudade! Vou beijar-te agora, não me leve a mal, pois é Carnaval. (Zé Keti).

- Ô abre alas que eu quero passar (Chiquinha Gonzaga). 

 - Caiu no Hali Gali e só dá ela yê, … yê, na passarela… (João Roberto Kelly).

- Rema, rema, rema remador. Se a canoa não virar, olê olê olá, eu chego lá… (Antonio Almeida / Oldemar Magalhães).

Existencialista, com toda razão, só faz o que manda o seu coração! (J. de Barrio/ A. Ribeiro). 


 

ADENDO: Contribuições dos amigos

NT. e MS. enviaram um trecho de Olha a cabelereira do Zezé como repúdio ao politicamente incorreto.

OL., GM. e TP indicaram Máscara Negra, linda criação de Zé Keti.

RG. enviou trecho de Pierrô de Noel Rosa. SF recordou Chiquita Bacana (J. de Barrio/ A. Ribeiro). ZM lembrou de Pirata da perna de pau de João de Barro, e de Cachaça não é água de Marinósio Trigueiros Filho. ZM lembrou ainda de A Jardineira (Benedito Lacerda-Humberto Porto) e GM. lembrou também de Touradas em Madri de Braguinha.

MN lembrou de Mamãe eu quero de Vicente Paiva e Jararaca.

BV. lembrou de Me dá dinheiro aí, de Moacir Franco. 

TP. e BV. lembraram de Ô abre alas de Chiquinha Gonzaga.

CAO. lembrou de Mulata Bossa Nova de João Roberto Kelly e de Marcha do Remador (Antonio Almeida / Oldemar Magalhães).


4 comentários:

  1. Foi muito bom exercer minha memória de carnavais que vivi

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  2. Ótimo texto! Um misto de ironia, saudosismo e verdade. Vivemos tempos outros...

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  3. Ótimo texto! Uma mistura de cômico, tragédia e realidade. Ri e refleti. Tempos outros estes que vivemos... mas será que realmente são outros?

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  4. Gostei das reflexões e das marchinhas... Lembrou me bem que a diferença das musicas antigas para as novas é que as informações eram veladas, mas o significado o mesmo.

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